domingo, 1 de junho de 2008

Transportes (quase) públicos



Todos os dias circulo entre a Parede (Cascais) e Lisboa. Nestas viagens utilizo sempre o comboio e o metro. Dois transportes que existem para facilitar a vida e agilizar as deslocações aos seus utentes, ou pelo menos deveriam.

Muitas vezes é insuportável viajar em comboios super-lotados com pessoas em todo o lado, nos bancos, nos corredores, junto às portas, enfim carregadinhos de pessoas até ao tecto. Já para não falar das correrias escadas acima escadas abaixo, os slalons por entre a multidão, o pedido de desculpa a quem pisámos ou a indiferença de quem nos pisou.



Ora tudo isto, todos os dias é muito difícil de suportar mas tem de ser. Agora o que se passa em relação às pessoas portadoras de deficiência motora é, muitas vezes, condenável e indigno de uma sociedade que vive para os cidadãos, ou deveria.

Uma das queixas dos cidadãos deficientes é a incapacidade notória de utilizar os transportes "ditos" públicos. A mobilidade não é um direito de todos? Parece que não, senão vejamos pegando no exemplo de uma pessoa que se desloque em cadeira de rodas: como consegue descer as escadarias do Metro?; Como consegue subir as escadarias de algumas estações de combois?;
Conseguirá facilmente servir-se de um autocarro?
Parece que a resposta às três questões é NÃO. E perguntamo-nos PORQUÊ? Pois é esta é outra questão sem resposta. Quem de direito nada faz, quem utiliza (em condições "ditas" normais) quase não repara, e quem promove estes serviços parece não se interessar pela minoria dos cidadãos que não se vê autorizado a utilizar os seus serviços.





Se pensarmos bem quantas pessoas nestas condições passam por nós nos tranportes no dia-a-dia. Quase nem reparamos pois vamos tão apressados que nem enxergamos o que (não" está à nossa volta. Está mal, não é justo que não se pense em quem já tanto sofre.
Vamos mudar esta situação, olhe, repare e intervenha, só assim poderemos fazer algo.

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