terça-feira, 3 de junho de 2008

O começo de tudo



Olá a todos. Sou um aluno do 12º ano do ensino recorrente da área de Acção Social. Este blog surge no seguimento de um trabalho projecto no âmbito do curso já referido.

O tema do projecto é a Mobilidade (ou falta dela) das pessoas portadoras de deficiência motora no nosso país.

É com grande insatisfação que assisto todos os dias a faltas de respeito traduzidas por maus estacionamentos, dificuldades de acesso aqui ou ali ou ainda em forma de armadilhas espalhadas pelas ruas de todos nós. É nesse sentido, e considerando desde já que pouco se faz, que me proponho a apontar tais falhas e tais faltas de reconhecimento por parte da sociedade civil e política.

Espero que este blog seja um ponto de passagem e de leitura mas também um espaço com ideias, testemunhos, desabafos e críticas, muitas críticas, construtivas claro. :)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

É necessário respeitar






Respeito meus amigos, respeito, é o que faz falta neste País. Será que já não faz parte do dicionário? Muitas vezes acho que não. A julgar pelas situações com que muitas vezes me deparo, concerteza que não.

Ora são os carrinhos mal estacionados a tapar a passagem, ora a ocupar lugares para deficientes, ora em cima de passeios por si só já tão estreitos que mal passa uma pessoa.


Ainda outro dia, na minha rua, deparei com uma viatura, melhor uma "senhora" viatura mesmo mesmo em frente à saída de uma rampa de acesso a um prédio. Não é que pouco depois vejo uma senhora a saír da porta do prédio e, coitada, deparou-se com aquela imponente viatura. O que fez? Perguntam vocês. Voltou para trás, o que poderia mais fazer, gritar não adiantava, chamar a polícia talvez sim mas não arriscou. Lá foi a pobre senhora de volta à casa de partida, sem receber dois contos como no jogo do monopólio, que o monopólio aqui é da arrogância, da ignorância, da insensibilidade e das vistas curtas, para os outros claro.



Esta é só uma situação em muitas que acontecem diáriamente, a luta contra este mal depende de todos.
Ajude a ajudar

domingo, 1 de junho de 2008

Vía pública - Armadilhas à espreita


Ruas com buracos, passeios estreitos e carros mal estacionados, são apenas alguns dos obstáculos que podemos encontrar nas ruas portuguesas. Para os cidadãos "ditos" normais torna-se incómodo mas é transponível mas para pessoas com mobilidade reduzida são, muitas vezes, barreiras intrasponíveis.

Muios passeios são tão pequenos que quase não conseguem servir um cidadão com mobilidade quanto mais um cidadão que circule em cadeira de rodas. O que estes fazem, eu já assiti muitas vezes, é desviarem-se para a estrada.

Um risco tomado por não haver outra hipótese. Mas não são só os passeios que dificultam a vidas aos cidadãos, também as passadeiras muito compridas e por vezes mal situadas e mal sinalizadas, os semáforos que muito bem servem os automobilistas e e pouco servem os peões, e por falar em automobilistas não esquecer os veículos que tão bem obstruem a via pública.



Ora em cima do passeio, ora à saída de rampas de acesso os veículos "tornam-se" peões ao ocupar o espaço que não lhes pertence. Muitos destes perigos são causados por cidadãos inconscientes e com pouca sensibilização para a matéria mas muitos outros para permitidos pelo próprio Governo ou por falta de iniciativas e medidas que previnam estas situações.
Cabe-nos a nós cidadãos responsáveis apontar estas situações. Se conhece alguma não se cale, a nossa iniciativa poderá ajudar muito

Transportes (quase) públicos



Todos os dias circulo entre a Parede (Cascais) e Lisboa. Nestas viagens utilizo sempre o comboio e o metro. Dois transportes que existem para facilitar a vida e agilizar as deslocações aos seus utentes, ou pelo menos deveriam.

Muitas vezes é insuportável viajar em comboios super-lotados com pessoas em todo o lado, nos bancos, nos corredores, junto às portas, enfim carregadinhos de pessoas até ao tecto. Já para não falar das correrias escadas acima escadas abaixo, os slalons por entre a multidão, o pedido de desculpa a quem pisámos ou a indiferença de quem nos pisou.



Ora tudo isto, todos os dias é muito difícil de suportar mas tem de ser. Agora o que se passa em relação às pessoas portadoras de deficiência motora é, muitas vezes, condenável e indigno de uma sociedade que vive para os cidadãos, ou deveria.

Uma das queixas dos cidadãos deficientes é a incapacidade notória de utilizar os transportes "ditos" públicos. A mobilidade não é um direito de todos? Parece que não, senão vejamos pegando no exemplo de uma pessoa que se desloque em cadeira de rodas: como consegue descer as escadarias do Metro?; Como consegue subir as escadarias de algumas estações de combois?;
Conseguirá facilmente servir-se de um autocarro?
Parece que a resposta às três questões é NÃO. E perguntamo-nos PORQUÊ? Pois é esta é outra questão sem resposta. Quem de direito nada faz, quem utiliza (em condições "ditas" normais) quase não repara, e quem promove estes serviços parece não se interessar pela minoria dos cidadãos que não se vê autorizado a utilizar os seus serviços.





Se pensarmos bem quantas pessoas nestas condições passam por nós nos tranportes no dia-a-dia. Quase nem reparamos pois vamos tão apressados que nem enxergamos o que (não" está à nossa volta. Está mal, não é justo que não se pense em quem já tanto sofre.
Vamos mudar esta situação, olhe, repare e intervenha, só assim poderemos fazer algo.

Bancos e ATM - Só para alguns


Tal como no caso dos edifícios públicos, também estes serviços que servem os cidadãos estão vedados (em muitos casos) aos cidadãos deficientes motores.



Todos os dias utilizamos as caixas multibanco (ATM) ou nos dirigimos a instituições bancárias. Nós, cidadãos "ditos" normais fazêmo-lo com com facilidade.



São elas, chegar até ao multibanco e utilizá-lo ou chegar a um Banco e abrir a porta e dirigirmo-nos até ao balcão. Ora para pessoas em cadeiras de rodas estas "simples" acções tornam-se num tormento. Em primeiro lugar, caso queiram utilizar uma caixa multibanco, terão de transpor as escadas (em muitas delas) como se pode ver na imagem acima, as rampas de inclinação elevada e a irregularidade do piso.



Em segundo lugar vêm a dificuldade da visibilidade e da utilização da caixa em si pois estas muitas vezes encontram-se colocadas com uma altura descaonselhada a pessoas naquelas condições tornando-se difífícil a introdução do cartão, a recepção de talões e mesmo o manuseamento das telas. O que se verifica nos Bancos é parecido, além das escadas, das portas estreitas e de difícil abertura encontram-se os altos balcões.

Estas situações que acabei de enumerar podem passar despercebidas à maioria dos cidadãos mas custa muito às pessoas com uma mobilidade reduzida.
Se cada um de nós reparar (pelo menos) que elas existem certamente que mais tarde ou mais cedo não existirão.

sábado, 31 de maio de 2008

Edifícios Públicos - Barreiras intransponíveis


O termo público deveria significar disponível para todos, mas não é bem assim.

Por todo o nosso país são bastante visíveis as barreiras que existem às entradas de muitos edifícios públicos. Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, edifícos administrativos (Segurança Social, e Finanças) entre outros, tornam-se obstáculos dificeis de tranpor para quem sofra de deficiência motora. Como subir escadarias enormes, Transpor passeios altos, como entrar em elevadores estreitos e como utilizar casas de banho inadequados, são perguntas que estes cidadãos fazem cada vez que tentam aceder a determinados locais públicos.

A minha intenção não é apontar locias específicos mas sim apontar, na generalidade, falhas arquitectónicas que prejudicam, e muito, os cidadãos deficientes motores.
A DECO (Defesa do Consumidor) aponta estas irregularidades em vários estudos que realizaou sendo as juntas de freguesia são mais criticadas.
Estas críticas passam, não só, pelas barreiras arquitectónicas mas também pela falta de estacionamento para deficientes e mesmo rampas de acesso ao interior, o que é deveras negativos.

Estas são questões que técnicamente ultrapassam a capacidade que nós, cidadãos, temos mas para as solucionar mas certamente o que temos é que, obrigatóriamente, usar a nossa capacidade de comunicar para que possamos sensibilizar quem de direito para estas incomportáveis situações.

Passe a palavra, a sua atitude é fundamental.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Sensibilizar para ajudar


O Ser Humano é um ser social. Vive e sobrevive em sociedade. Mas nem sempre a esta vivência é igual para todos.
A verdade é que mal ou bem vamos vivendo, acomodando-nos no cantinho que é nosso sem questionar a origem do mal.




O Homem adapta-se e é isso que o faz viver, sobreviver a todas as circunstâncias da vida. Essa adaptação passa por melhorar o que nos rodeia para assim facilitar o caminho a percorrer.
O Homem é dotado de sentidos e capacidades mentais que lhe permitem ver e sentir o que o rodeia. Porque não usar esse dom para ajudar quem precisa?
Está certo que pensemos em nós e nos que nos rodeiam de perto, mas e os outros?
Não podemos deixar que todas estas situações aconteçam bem debaixo dos nossos olhos muitas vezes sem as vermos. É injusto podermos aquilo que muitos não podem, é injusto termos o que muitos não têm. Lute com as armas que tem ao seu dispor:





VEJA; SINTA; SENSIBILIZE-SE E SENSILBILIZE OS
OUTROS